Peregrinação da Família Franciscana Portuguesa

No próximo fim-de-semana, 2 e 3 de Outubro, estarei em Fátima para participar na 38.ª Peregrinação da Família Franciscana Portuguesa. Este ano subordinada ao tema: «Franciscanos em Igreja, povo sacerdotal em peregrinação».
Serão dois dias de encontro e reencontro, oração, partilha, aprendizagem e convivívio.
Deixo um pequeno vídeo de algo que se prevê acontecer... de um jeito muito especial! Promete!!
Aproveito também para deixar um abraço e um beijinho à Rosa que me visita aqui e que hoje tive a oportunidade de conhecer pessoalmente... (sim, eu estava muito cansado e com sono, meio sem jeito até...) eheheh Obrigado pela sua simpatia e por, também, caminhar assim comigo!
Paz e Bem!
«Tem coragem e confia»

Nossa Senhora das Dores

O Povo de Deus lembra hoje Maria, Mãe e Senhora das Dores

«Teu filho será causa de queda e elevação para muitos. Ele será sinal de contradição e o teu coração será trespassado por uma espada»
Lc 2, 34-35

Hoje fui de bicicleta para o trabalho. É já normal. Mas hoje por na instituição onde trabalho se lembrar e festejar Maria, Nossa Senhora das Dores, como padroeira, com as celebrações deste dia, acabei por ficar até tarde, já noite. Preocupada, a minha mãe liga-me, ansiosa, por ser noite e eu estar de bicicleta. Pude sentir a preocupação dela, como mãe. Como muitas mães!
Dei por mim a pensar em todas as dores que a minha mãe já sofreu, quase sempre no silêncio, por mim. Dei por mim a reflectir nas dores que a Mãe, Maria, terá também sentido. O caminho difícil que percorreu com Jesus.
Quão difícil terá sido a Tua vida
Quando os outros te apontavam o dedo por seres a Mãe
Quando chamavam louco ao Teu Filho
Quando O perseguiam
Quando Ele dizia que tinha de cumprir a vontade do Pai
Quão doloroso terá sido o teu Sim
Tudo o que sentiste desde o início
Quando Lhe colocaram a cruz nos ombros
Quando O pregaram e expirou pelos nossos pecados
Sofreste por amor
Por seres a Mãe!
Mãe, ensina-me a ser como Tu, a compreender o caminho que o Teu Filho me propõe… Como Tu: Forte e corajoso! Simples e humilde!

E… obrigado a ti também mãe pelo teu sim!

Imagem de Nossa Senhora das Dores, Igreja de S. Francisco, Santiago de Compostela, Espanha

A essência de Deus é o amor!

«O Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo»
Ex 32, 14
«Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores »
1Tim 1, 15
«Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa».
Lc 15, 10
Neste Domingo fica claro que a essência de Deus é o amor! O amor gratuito que Ele derrama sobre nós, seus filhos pecadores... Com as nossas falhas, com os «bezerros de ouro» que construímos e adoramos na nossa vida, Deus deixa que o amor se sobreponha à vontade de nos corrigir.
Este amor, pleno, belo e incondicional, é manifestado em Jesus Cristo, que nos transforma, que nos abre os olhos e nos impele para novos horizontes: como a Paulo de Tarso e a tantos outros que ao longo da história da humanidade se deixaram tocar por este amor. Porque quando nos deixamos encontrar por Cristo, o pecado não faz mais sentido! Não “desligamos” das nossas condições humanas: incompletos, imperfeitos, frágeis, mas somos convidados em cada dia a deixarmo-nos cativar por este Deus.
Com altos e baixos, neste caminho de conversão, este amor revela-se também na “festa” que acontece em cada reencontro… Porque nos perdemos! Porque vamos atrás do brilho dos «bezerros de ouro»! Porque nos afastamos! Porque O afastamos de nós! Porque pensamos já não precisar mais Dele! Então o Senhor vem ao nosso encontro – porque somos importantes para Ele! - para reprovar o pecado, mas sem deixar de nos amar!
É este Deus - “escandaloso” por nos querer assim! - que conscientes da nossa fragilidade somos convidados a descobrir e a dar testemunho com a própria vida!

O amor apaixonado de Deus pelo seu povo — pelo homem — é ao mesmo tempo um amor que perdoa. E é tão grande, que chega a virar Deus contra Si próprio, o seu amor contra a sua justiça.
Papa Bento VXI, Deus Caritas Est

Tem coragem e confia!

Meu irmão, meu amigo
«O Senhor esteja contigo, Paz e Bem!»
Acreditas que Ele está contigo?, neste preciso momento? Acreditas?
Sei que será, talvez, muitas vezes, difícil. Com o fardo que carregas. A dor que suportas. O cansaço que se apodera de ti. Sei que a dúvida te fará já vacilar na incerteza do futuro.
Mas confia! Acredita! Porque Deus, nosso Pai, ama-te muito! E está contigo! Toda a força que ainda tens, bem dentro de ti, é Ele. Porque é quando somos fracos, quando nos sentimos em baixo, lá mesmo no fundo, é aqui, que Deus se revela e nos torna fortes. É aqui que muitas vezes somos confrontados com a nossa fraqueza e a força que vem de Deus.
Sei que não será fácil. O caos em que ficou, como dizes, a tua vida de um momento para o outro. Dói. Faz-nos questionar. Não é? «Meu Deus, porquê?»
Deus não se importa que O questiones. Fala com Ele. Coloca-Lhe as tuas dúvidas. Os teus medos. Os teus receios. Fala com Ele. Questiona-O. Questiona-te! E depois, Escuta-O. Deus não deixará de te responder… Nem sempre quando queremos ou como gostaríamos… Mas confia!
Tem coragem e confia! Tu e a tua família precisam dessa força, dessa confiança!
Deixo sobre ti a Bênção de S. Francisco de Assis:
«O Senhor te abençoe e te guarde. Te mostre a Sua Face e se compadeça de ti. Volte para ti o Seu Rosto e te dê a paz.»
Um abraço,
Carlos Morais

Uma opção de amor...

Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. (…) Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo».
Lc 14, 25-33

Jesus Cristo já nos tinha chamado à atenção para a importância que damos às coisas que possuímos e deixamos que nos possuam: «a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens» (Lc 12, 13-21). Tantas vezes levados pelo brilho das coisas, porque nos parecem importantes, por pensarmos que nos farão felizes, caímos no redundante, no vazio de uma vida repleta de tudo mas desprovida do essencial. Cristo vem propor que centremos a nossa vida e as nossas riquezas em Deus Pai.
Neste Domingo, o Senhor diz-nos que quem O quiser seguir terá de O amar. Segui-lO implica uma opção concreta: deixar tudo! Segui-lO implica uma opção de coração! Deixar tudo para nos apegarmos a novas futilidades, de nada vale. Optar por Cristo deve ser sempre uma opção de amor: «Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita» (1Cor 13, 3). Cristo não nos impele para uma vida miserável. Mas sim para uma vida centrada em Deus onde podemos ser verdadeiramente Felizes.

Ser terra fértil...

Filho, em todas as tuas obras procede com humildade e serás mais estimado do que o homem generoso. Quanto mais importante fores, mais deves humilhar-te e encontrarás graça diante do Senhor.
Sir 3, 19-21.30-31

«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado» (…)
«Quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.»
Lc 14, 1.7-14

Neste Domingo o Senhor continua a dar “pistas” para que possamos compreender a passagem da «porta estreita» para o Reino de Deus. Ensina a humildade e a simplicidade. Sermos capazes de ir ao encontro dos simples, com simplicidade. Ir ao encontro daqueles que nada podem dar em troca… porque também não devemos esperar nem desejar qualquer retorno. Fazer encontro, assim, é desprendermo-nos de tudo que é supérfluo, em nós e nas relações humanas, e sermos menores entre os menores.
A palavra “humildade” vem do latim “húmus” que quer dizer «terra fértil». É isto que Cristo nos pede: que sejamos terra fértil de amor entre os Homens. É ir com o coração ao encontro do coração dos outros. É, nas palavras do Padre Júlio Grangeia na eucaristia deste Domingo em Travassô, «compreender a lógica da simplicidade, para podermos compreender a lógica da importância» na perspectiva de Jesus Cristo.

A porta estreita...

Naquele tempo, Jesus dirigia-se para Jerusalém e ensinava nas cidades e aldeias por onde passava. Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?». Ele respondeu: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir.(...)»
Lc 13, 22-30

No Evangelho deste Domingo Jesus diz-nos que todos somos chamados à salvação. Amados pelo Pai somos chamados a viver uma vida plena no amor a Deus e ao próximo. E será esta a condição, esforçarmo-nos por «entrar na porta estreita». Estreita, pois, por muitas vezes nos acharmos demasiado “altos” e “espaçosos” – superiores perante Deus e os irmãos. Aprendamos com Cristo a ser humildes e menores para que possamos todos «entrar no Reino de Deus».

Contemplar o Senhor...

«Contemplar é esvaziar-se de todo o supérfluo para que Aquele que é Tudo nos encha até transbordar. Contemplar é abrir pouco a pouco os olhos do coração para se poder ler e descobrir a presença do Senhor nas facetas das pessoas e das coisas.»
Frei Jose Rodriguez Carballo, ofm
Ministro Geral OFM
Solenidade de Santa Clara de Assis 2010

Acolher a vida

A presença de Deus é perceptível através de um coração humilde e aberto que acolhe a brisa fresca do mar e o sol quente ou as águas agitadas e turbulentas. Acolher a vida assim, inquietante, com tranquilidade e fé, é deixar Deus falar. É deixar Deus entrar na nossa história e acolher o dom da vida.

Hoje ao contemplar o mar...

Santa Clara de Assis

Foi em alegria que me uni em oração, numa Eucaristia presidida pelo Padre Castro (ofm) na Paróquia de Travassô, a todos os franciscanos e clarissas que hoje lembram e festejam a fundadora da Ordem das Clarissas, as Damas Pobres como:
testemunho do Privilégio da Pobreza
testemunho do Amor ao Altíssimo
testemunho de Fé
testemunho de Entrega
testemunho de Radicalidade
Clara absorveu de Francisco que ser pobre é não ter nada para possuir a Única Riqueza que preenche o coração: Deus e a Fraternidade. Não é apenas um modo de vida monástica, é um modo terno, verdadeiro e leal de organizar a vida seguindo o destino do Amado.

Deus me dê a graça de como Clara e Francisco ser capaz de viver e testemunhar na pobreza evangélica o Amor do Pai.

(foto da imagem de Santa Clara de Assis na Paróquia de S. Miguel de Travassô na Festa dos Santos Mártires de Marrocos)

No «Pôr do Sol»

Foi com muita alegria que passámos um bom momento no «Pôr do Sol» com o Pe. Castro (OFM) que veio descansar uns dias à sua terra natal. Depois de participarmos na Eucaristia pudemos apreciar o pôr do sol, abrindo lugar à noite onde não faltaram as irmãs estrelas num cenário enriquecido com a água da «pateira». Foi boa e rica a oportunidade de estreitarmos laços de amizade e trocar ideias. Na caminhada ao encontro de Cristo «ao jeito de Francisco», o testemunho e a partilha do Pe. Castro são um estímulo para nós. Paz e Bem!
Cristo Ressuscitado, de forma mansa e tranquila, as tuas palavras ressoam em nós: «Porque haveis de andar preocupados? Uma só coisa é necessária: um coração que escuta o Evangelho e o Espírito Santo.»
Irmão Roger, de Taize

Ricos aos olhos de Deus...

«Vede bem, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens».
Lc 12, 13-21
 
Cristo vem mais uma vez chamar a atenção para este aspecto: a importância que tantas vezes damos aos bens, riquezas, que possuímos e que deixamos que nos possuam. Levados pelo brilho das coisas, deixamo-nos fascinar pelo acomular de riquezas, centrando quase toda a nossa vida nisso. E o Senhor vem precisamente chamar-nos a atenção: «Para quem é tudo isso?»
Para proveito próprio? Para destaque na sociedade? Para uma vida repleta (de nada)? Cheios de tudo, mas repletos de nada. Porque no final as riquezas que acumulamos em bens ou contas bancárias recheadas de nada valem perante o Senhor! «Vaidade das vaidades, tudo é vaidade» (Eclesiastes 1, 2). Deus chama-nos a atenção para não nos deixarmos cair no vazio, no vácuo (origem latina da palavra vaidade: "vanita", vazio absoluto). Para que numa vida nova nos deixemos cativar pelas coisas do Alto e não pelas da terra: tornando-nos ricos aos olhos de Deus, no amor ao próximo e a toda a Criação onde Ele se revela. E Deus que nos ama nos dará, na sua providência, o pão de cada dia.
Com Francisco e Clara de Assis que o Senhor nos ajude neste caminho de descoberta do essencial da vida, uma vida em Cristo.

Saciai-nos desde a manhã com a vossa bondade,
para nos alegrarmos e exultarmos todos os dias.
Desça sobre nós a graça do Senhor nosso Deus.
Confirmai, Senhor, a obra das nossas mãos.
(do Salmo 89(90))

Sê tu mesmo!...

Entre a correria dos dias, no dia-a-dia. Entre escolhas e decisões. Entre tanta coisa com que somos constantemente bombardeados no que lemos e vemos. Com o que nos tentam impingir e tão facilmente cedemos. No comodismo. No exagero. No conformismo. Entre a crise actual. Crise que é mais que uma crise económica e social. É acima de tudo uma crise de valores! Uma ausência de valores de e na vida. É fácil sermos levados e cairmos no conformismo. É fácil esquecermo-nos do que somos. Porque somos o que somos. É fácil ser "mais um" e não sermos «um-com-todos-para-todos», com que tenho e sou, «eu-mesmo». Pensemos na necessidade eminente de sermos nós mesmos. Sermos capazes de nos afirmar com valores entre a «multidão» que nos quer engolir!

Haverá algo mais verdadeiro do que ser pessoa entre a multidão?
Fernando Pessoa

Queres ser o primeiro?

Saíndo dali, atravessaram a Galiléia. Jesus ensinava os seus discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão; mas depois de três dias ressiscitará.»
Eles porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de lhe perguntar. Jesus perguntou-lhes: «O que discutíeis no caminho?» Eles calaram-se porque no caminho tinham discutido sobre quem seria o maior. Então Jesus sentou-se, chamou os Doze e disse: «Se alguém quer ser o primeiro, seja o último e o servo de todos.» Depois pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: «Quem receber uma destas crianças em meu nome, é a mim que recebe; e quem me recebe, não é a mim que recebe, mas aquele que me enviou.»
Marcos 9, 30-37

Na Assembleia Nacional Electiva da Jufra renovou-se o Conselho Nacional composto para o próximo triénio 2010/2013:
Presidente: Katia Dâmaso (Varatojo)
Vice-Presidente: Ana Catarina Santos (Tomar)
Responsável de formação: Márcia Soares (Barcelos)
Secretária: Ângela Santos (Tomar)
Tesoureira: Marisa Cardoso (Aveiro)
Conselheiro: Tiago Santos (Varatojo)
Conselheira: Catherine Santos (Varatojo)